Milhares de pessoas, senão milhões, sofrem diariamente com dores crônicas. Já que a dor é uma experiência subjetiva, um dos principais problemas é não conseguir expressar objetivamente o grau de intensidade em que ela está sendo sentida. Determinar esta intensidade, seja durante a avaliação inicial ou durante o tratamento, é essencial para que a dor seja tratada com eficácia. Atualmente, ainda não existe um método prático e objetivo para medir a dor de todos os pacientes. Então, como podemos avaliar o grau de intensidade para diagnóstico e tratamento adequado, ou até para estudos científicos? A resposta é: através de escalas. Existem várias escalas para tentar mensurar a dor; entre elas, as mais usadas são: visual ou verbal numérica e analógica, escala de faces, escala de descritores verbais e outras escalas mais específicas: - Numérica: basicamente dividida em onze partes iguais e numeradas sucessivamente de 0 a 10. O paciente deve apontar qual dos números equivale à intensidade da dor que sente, considerando 0 como “sem dor” e 10 como “dor de intensidade extrema”. Essa é a escala mais usada no dia a dia para a maioria dos pacientes - Facial: o médico pede que o doente aponte em uma escala de rostos, qual condiz mais com a intensidade da sua dor. O boneco feliz remete à classificação “sem dor”, enquanto o que chora – simbolizando a máxima tristeza – remete à “dor extrema”. Ela pode ser usada para quem tem dificuldade de entender outras escalas. - Visual Analógica: consiste numa linha horizontal ou vertical de 10 centímetros. Em uma extremidade, observamos a classificação “sem dor” (0) enquanto, na outra ponta, está “dor máxima” (10). O paciente deverá o paciente deverá colocar sua dor em um ponto que represente a intensidade dos seus sintomas. Essa escala é mais usada em pesquisas científicas - Qualitativa: nesta escala, o médico solicita que o paciente informe qual a intensidade da dor de acordo com os seguintes adjetivos: "Sem Dor"; "Dor Leve"; "Dor Moderada"; "Dor Intensa"; "Dor Insuportável". Também pode ser usada por quem tem dificuldade de entender as outras escalas
Existem ainda outras escalas, que são usadas para situações mais específicas. É importante lembrar que a determinação da intensidade da dor é sempre subjetiva e vai de acordo com quem a sente. Contudo, as escalas permitem que o médico fique com uma ideia aproximada da percepção do paciente da sua dor naquele momento e da evolução da dor durante o tratamento.
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